Monday, October 16, 2006

como eram porquinhos os três

Mal sabem contar a história dos três porquinhos as tias de escola, pois os livros infantis sempre a interrompem na parte mais emocionante. A verdade é que construída a casa de tijolos, cimento, laje e vigas, os três porquinhos ficaram seguros da impertinência do lobo, que provou-se estar somente interessado em derrubar as casas, haja vista nenhuma tentativa posterior de alimentar-se dos saborosos porquinhos. Ou seria tudo uma historinha patrocinada por uma indústria de argamassa? Enfim, o que não se sabe é que eles não viveram felizes para sempre, pelo menos não como contam os livros. A verdade é que eles eram, antes de tudo, três porquinhos. Com o passar do tempo, a falta de banho, de higiene com a alimentação, de cuidado com as roupas, da banalização da flatulência no lar, dos arrotos ao léu, da falta de cuidados com as unhas e cabelos, assim como a negação ao desodorante e à escova de dentes, acabaram tornando o convívio praticamente impossível. As brigas para que não fossem deixadas roupas intimas no banheiro e nem esquecida a passagem do rodo após o banho só não eram maiores que as brigas para que não se deixasse a manteiga para fora da geladeira. Cada um tinha que passar a vassoura em seus cômodos uma vez ao dia, recolher as folhas do quintal, lavar a louça, a roupa e nunca mastigar de boca aberta durante as refeições. Estes hábitos acabaram por torna-los depressivos, até que o primeiro porquinho saiu de casa. Não demorou muito e o segundo também. Construíram casas de alvenaria (obviamente) maravilhosas. Eram vizinhos da vovozinha, quem deu as dicas de arquitetura e decoração. Sua netinha chega hoje com docinhos para o jantar. Estão todos anciosos.

Wednesday, October 11, 2006

Refrão

O que você faria
se visse um carro ali parado
com um cara sentado
no banco do passageiro

O que ele está esperando?

Tuesday, October 10, 2006

_DISTORÇÃO_

Dormir comigo é uma tortura
nunca precisei tanto de você
que me dizia para que eu nunca interrompesse meu sono
com sonhos fora da realidade
dormir comigo é uma tortura
nunca precisei tanto de você

Wednesday, October 04, 2006

O amor não tem nome

Você quer que eu faça do meu jeito as tuas vontades.
Eu não sei o efeito que faz, mas sei como provocá-las.
Juntamos aquilo que pensamos separados
Sentimos separados aquilo que pensamos juntos
E dançamos a valsa por todo o salão.

Come a coruja dorme

Do sangue faz lava
Que escorre em suor
Pela sua pele clara
ou seria escura
insegura
me fez apaixonar

dorme a coruja come

troco um dia de sol por uma noite de estrelas
vejo no espelho a alma carente, peço para buscarem a minha vítima
hoje vai ter sacrifício

coruja come e dorme

vou mentir meu prazer
vou inventar minha paixão
vou gozar seu tesão
vou repetir a dose
doze veses
até dizer não
mais
não
mais
não
mais