Wednesday, June 27, 2007

Cientista Maluco.

Resolvi passar uma noite em claro, montando diversos crachás. Uns azuis claro, com a identificação DW265, outros azuis mais escuros escrito UY743, alguns rosa LZ559, um tanto de verde SQ489, sobrou tempo para montar um punhado de laranjas HFT3 e uns vermelhos O+777. Fui bem cedo até a Rua XV (para quem não conhece é o local mais democrático do Planeta, onde você pode encontrar todo tipo de pessoa a qualquer momento em toda a sua extensão. Dizem que é nessa rua que se realizam as pesquisas eleitorais das quais você nunca participa e que acabam por decidir o resultado das eleições). Passei o dia indo de lá para cá distribuindo os crachás, convencendo as pessoas a nunca mais tirarem e sempre andarem com ele à mostra. Comecei a monitorá-las à distância. Alguns montaram grupos de encontro de determinado crachá pela internet, outros montaram festivais de tudo quanto é coisa a fim de misturar todos os grupos. Chegaram até a montar um movimento de “troque seu crachá com a primeira pessoa que encontrar de crachá diferente e sinta um outro lado da vida”. Mas a maioria já se sentia como o reflexo da imagem do crachá e evitava esse tipo de atitude. Formaram-se bairros, bares, escolas, centros culturais, religiões, universidades, economia, tudo peculiar a cada grupo de crachá. A quantidade de pessoas nem sempre queria dizer que determinada cor era mais evoluída. Nem a proporção de sexo determinava qual sigla era pior. A combinação dos números também não indicavam sorte ou azar. Nada melhorou ou piorou. Mas a intenção com certeza não era essa. Eu só queria que as pessoas tirassem os crachás assim que me dessem as costas!

Wednesday, June 13, 2007

JANELA INDISCRETA

Eu sei que muita gente já escreveu sobre isso, mas eu não posso deixar de relatar o meu ponto de vista.
Admirava a lua, como todas as noites daquele seco inverno. Iluminava a rua, os telhados, as casas. Já se fazia a hora de ficar acordado. Como se conversasse com os anjos. E como um reflexo na água, eu vejo a imagem da sedução. Um corpo perfeito, meio escondido, distraído, por trás da cortina, adora uma água gelada nas madrugadas secas de inverno. Eu queria ser aquela sede. Passei a observá-la. Sempre com sede. Sempre interrompendo minha conversa com os anjos. Notei sua sombra que parecia me vigiar. Te fazia insinuar. Me fazia acreditar, que era você quem estava a me observar.

Tuesday, June 12, 2007

Um minuto de infelicidade que pode durar uma vida toda...

Trouxe a lua nova
para te iluminar
como uma estrela cadente
a me guiar
dois corações carentes
a se encontrar
nesta noite fria
num balcão de bar
eu seria um estúpido
em te amar
jogue suas cartas
e continue a jogar
não me importo em perder
só não quero te largar.

Saturday, June 09, 2007

Por sorte!

Peguei a estrada errada
com paisagens lindas
eram pensamentos tão sinceros
eram pensamentos tão vagos

Parecia tudo tão certo
naquela estrada
nem me parecia mais errada
com paisagens lindas
que deixavam vagas na memória
que me fizeram lembrar você

naquela estrada errada