Não somos obrigados a ter que tocar sempre as mesmas notas, nem por isso somos obrigados a improvisar.
Monday, June 30, 2008
Segunda lei de Newton
A divorciada reclama à manicure as "manias" do marido. A funcionária aconselha para que ela ao invés de reclamar do futebol, passe a gostar mais de moda. A vegetariana, que fazia uma progressiva logo ao lado, não se contém e intervém. Disse que era para ela abolir o futebol da vida do marido, pois no futebol os homens consomem muita carne. Isto prejudica o desempenho sexual, a saúde cardiovascular, aumenta a barriga, afeta o sono (estes dois últimos fatores juntos geram o terrível ronco, disse), além de estarem contribuindo para o desmatamento desenfreado, o aumento do efeito estufa e o buraco na camada de ozônio. Estavam matando desnecessariamente vidas inocentes para o consumo de prazeres somente justificáveis aos homens das cavernas. A manicure, a cabeleireira e a (ainda não) divorciada ficam pasmas. Um silêncio domina o ambiente. Até que uma linda mulher, de longos cabelos que passavam da cintura, com uma saia até os tornozelos e um decote que quase escondia as próteses de 250ml de silicone cada, adentra ao salão e se depara com aquele clima de funeral. Pergunta à recepcionista o que havia de diferente e a divorciada logo manda, lá do fundo: o que essa crente tá dizendo? Só me falta essa! Uma crente vir me dizer o que fazer. A evangélica, com cara de assustada, aconselha: não, ninguém vai te dizer o que fazer, mas com certeza Deus sabe o que faz por você. A vegetariana se adianta e repete o seu comentário, pedindo desculpas, mesmo sem entender a onde estava a maldade. A evangélica a parabeniza, dizendo que ela está no caminho certo para o céu. A divorciada ficou louca. Retrucou, quase manchando as unhas ainda com a francesinha a terminar. "Agora até Deus é contra mim? Era só o que me faltava!" A manicure segura firme as mãos da divorciada. Após o pedido de desculpas, o clima se acalma e aos poucos volta ao normal. A divorciada percebe que está exaltada demais para uma tarde de terça-feira e confessa o flagrante que dera no marido na noite anterior, na mesma cama do casal. Todas vêm lhe dar força, acariciar e aconselhar para que ou se vingue ou que leve tudo o que puder dele. A evangélica sugere para que ela entre para a igreja. A vegetariana lhe convida para um retiro termascal. A divorciada resolve por fazer de tudo um pouco. Sai do salão toda linda e vai direto para o escritório do maridão traidor. Com uma mini-saia que valorizavam as coxas e os 8 anos de treino diário, desfilou pelos corredores chamando a atenção de todos os colegas de trabalho. Se aproximou do marido, puxou-o pela gravata, abriu as pernas e sentou em seu colo. Começou a beijá-lo sensualmente e a excitá-lo. Com as mãos geniosas fazia movimentos pelo corpo do marido que pareciam cena de cinema. Ele a segurou pelos cabelos e estupidamente perguntou o que ela estava fazendo, parando com aquela putaria no escritório de advocacia. Ela respondeu bem alto: estou fazendo o que você prefere fazer com esta vagabunda (apontando para a secretária) e o que seus amigos tanto me pedem, mas só faço com você. Ele a pegou pelo punho e fora do escritório terminou a relação. Ela voltou e pegou o primeiro engravatado que viu. Perguntou o seu nome e disse: ok, agora eu sou sua cliente e quero tirar dele tudo que conseguirmos. O cara sabia que não era pouca coisa e aceitou na hora. Ela conclui: e se precisar fazer hora-extra, eu pago, com muito amor! O maridão ficou doido. Depois de perder quase tudo, virou evangélico e casou com uma vegetariana. Enquanto a divorciada reclamava à manicure as manias do novo marido.
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