Ontem, domingo, recebi em casa a visita do meu tio do interior. Um tio do interior é um grau de parentesco como tio ou primo de 2º grau. Adora contar suas histórias e eu não me incomodo em ouvir. Como sempre, ele estava muito excitado e numa de suas histórias disse que conheceu um cara que era da geração do homem que descobriu a roda. Achei aquilo mais fantástico do que duvidoso. Disse o cara a ele que seu sei lá quantas vezes tatatatatatatata(...)vô andava em um terreno irregular, cheio de pedras soltas até que escorregou em uma delas. Ao perceber que seu corpo tinha andado um curto espaço sendo conduzido pelo rolar da pedra, ele percebeu que poderia fazer menos esforço ao, da mesma forma, carregar sua caça. Não me agüentei e interrompi: “mas tio (não convém chamá-lo de tio do interior), ele não inventou nada!” Ele, com ar de ter conseguido a deixa que precisava, explicou: “a roda não foi descoberta, gafanhoto (ele me chamava de gafanhoto). A roda sempre existiu. O homem que não sabia pra que ela servia! Por isso que as pessoas sofrem: por falta de criatividade!
Começou o segundo tempo do futebol e voltamos as nossas atenções ao Galvão Bueno.
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