Tuesday, May 24, 2005

A Ilha da Felicidadetardia

Em terra firme, no continente, avista-se a lendária Ilha da Felicidadetardia. A foto do satélite não consegue captar sua posição no mapa: 34°21’24” latitude sul e 18°29’51” longitude leste. Alguns dizem até, que Camões já tinha conhecimento da Ilha, deixando-a de revelar que ali fora refúgio de Vasco da Gama, atraído por sereias, após vencer a épica batalha com Netuno.
A lenda diz que muitos tentam chegar na Ilha da Felicidadetardia, porém ninguém consegue (pelo menos ninguém voltou para contar). Nestor desde pequeno se via ouriçado em conhecer a ilha. Não sabia bem o porquê, mas algo lhe aguçava. A lenda era como um texto publicitário vendendo a melhor margarina do mercado. A imagem que se tinha era a de um paraíso mais belo que um quadro de Monet. O nome deste lugar era: Ilha da Felicidadetardia.
Nestor tinha uma mãe que o amava, uma namorada linda que o amava, um pai rico que o amava, estudo e inteligência. Mas o que ele realmente amava estava longe dele. O que Nestor amava estava na Ilha da Felicidadetardia. Alguns o chamaram de ingrato, outros lhe deram apoio, mas certo de que estava fazendo a coisa certa para si, Nestor decidiu rumar à Ilha! A despedida melancólica - abençoada por Baco - ecoava os sons que saiam dos tambores, que em ritmo frenético traziam as forças enérgicas do bem para acompanha-lo. A fumaça levava consigo as energias fúteis e negativas para que se purificassem no céu.
No barco (foi Nestor quem descobriu com quantos paus se faz uma canoa, contudo, os números destoam entre as testemunhas embriagadas), Nestor rema sobre as ondas, que insistiam em lhe avisar o arrependimento, tentando de todas as formas fazer com que voltasse.
Nestor sabia que nunca houve relatos de sucesso nesta viagem, mesmo assim investia todas as suas fichas nesta que seria a última viagem da sua vida. Chuvas, tormentas, ondas gigantes, sereias tentadoras, Moby Dick, Tubarão, lulas com tentáculos kilométricos. Nada foi capaz de deter a determinação de Nestor.
Já na bonança, a estibordo, avista uma porção de terra cercada de água por todos lados. Após uma gota de lágrima, Nestor conclui: cheguei a Ilha da Felicidadetardia.
Grita, comemora e aporta em meio ao mangue. Desce, caminha e não demora muito para encontrar outros moradores. Pessoas que eram dadas como mortas ou desaparecidas, estavam ali. Porque uma vez ali, ninguém mais quer voltar. Um lugar no mundo onde todos têm medo ir. Um lugar no mundo aonde só chega quem acredita. Um lugar único no mundo, onde a felicidade nunca é tardia.
Interessados em excursão, entrar em contato pelo comments abaixo!

1 comment:

Anonymous said...

a rede nao nos deixa se perder nao e mesmo flavio augusto dos anjos, topei com esse blog e gostei demais!!! a llha seria uma boa pra aquela viagem q semrpre pensamos em fazer e nunca conseguimos...
falow, MONTEMOR