Wednesday, February 13, 2008

Golpe de vista

Achei que o porteiro estava se sentindo sozinho. Resolvi descer e fazer-lhe companhia, até que eu pegasse no sono. Minha pantufa não escondia minhas intenções. Acendi um cigarro e comecei perguntando sobre o síndico. Fumar era proibido, assim como ter cães e gatos. Qualquer ruído, até mesmo aquela gemidinha da vizinha, não era tolerado após às 22h. No natal a iluminação era exagerada. Não descobri nada mais que do que minha filha sofreu com aquele ex-namorado.
Seu Olimar, o porteiro, não era muito entendido de futebol, mas sabia tudo sobre números. Dominó, cartas, palitinho. Eu sempre era cercado por seus cálculos. O meu forte eram as charadas. Seu Olimar acertava, mas eu era rápido para inventar outra resposta.
Fumávamos o mesmo cigarro, coincidentemente, e no mesmo intervalo.
Depois de uma jornada de doze por vinte e quatro, minha insônia parece ter cura.

Antes de ir dormir, o conselho: “e cem metros rasos não dá pé!”

2 comments:

Rafael Galante said...

Vc Foi atras de um neh..
seu sem vergonha!!!!!

Unknown said...

Juiz de Fora apita sim!!!
Só que fora...
ahuahuahuahuahuahu
Gostei do seu blog, mocinho!
Amo histórinhas de porteiros..hauahu
Bjim!