Não somos obrigados a ter que tocar sempre as mesmas notas, nem por isso somos obrigados a improvisar.
Saturday, September 09, 2006
A caverna de Flavião
Houve uma explosão, uma terrível explosão! Um estrondo ensurdecedor... foi uma explosão muito forte. Acabou com o mundo, soterrando uma pequena criança em uma escura e fria caverna. Ela cresceu ali, em meio às ilusões que se criavam nas paredes. Com o passar do tempo ela foi aprendendo a organizar as ilusões e como trabalhar com elas. Com o passar do tempo, ela aprendeu a separar seu amor intangível de suas fantasias, que se misturavam em meio ao álcool que pingava da estalactite. A fumaça que subia de um pequeno vulcão exalava um gás que alimentava as ilusões e mantinha viva aquela criança. Ela passava o dia trabalhando organizando as ilusões, que para exemplificar como eram, preciso que imagine uma pessoa absorvida pela televisão. Porém, as ilusões eram coisas da sua cabeça, enquanto a televisão é uma fábrica de ilusões na cabeça desta pessoa. Naquela caverna ela era feliz, pois tudo funcionava à sua maneira. Mas conforme ela crescia, a caverna ficava cada vez menor. Era preciso mais espaço para mais ilusões. Enquanto o álcool pingava, aumentava a estalactite. Cresceu até o dia em que tampou a saída do pequeno vulcão, secando o riacho q se fazia e eliminando o gás que recheava o ambiente. Neste dia, uma grave crise assombrou nosso(a) personagem. As ilusões passaram a perder o sentido enquanto as dúvidas eram como assombrações. Cada ilusão arquivada gerava uma dúvida. Para reponde-las, foi preciso sair da caverna. É por isso que você está aí.
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