“Ele (eu digo ele, mas seu gênero é a princípio indefinido) tinha mais ou menos a altura de um gigante. Sua calda era tão longa quanto meu susto. Mas o pior mesmo era o ruído que fazia ao abrir a boca, geralmente antecedendo um cuspir de chamas. Parecia um monstro, mas de figura muito amistosa – sabe aqueles personagens de desenho?
Por alguns minutos permaneci estático, mas percebi que algo só aconteceria a um primeiro movimento meu. Foi quando eu pisquei. Uma chama saiu da sua boca, parecia um catarro no inverno. Acertou-me como o arqueiro acerta o alvo.
Hoje estou aqui. No purgatório. Inocentemente. E exijo justiça. Quero que punam este ser labarento com cara de desenho.”
“Parecia um bonequinho. Daqueles que as crianças perdem por ai. Montava um outro bicho, mas com uma disposição diferente, o qual caminhava com as quatro patas além de possuir um rabo estranho. Este era seu cúmplice por sinal.
O bonequinho era diferente dos demais, pois externamente parecia estar protegido com alguma espécie de proteção metálica, acredito. Portava uma lança, descobri isto quando recitou algo dizendo que meu sangue iria sentir o gosto de sua lança. Quando fui dar risada da situação, engasguei-me. Sem querer cuspi fogo. Por incrível que pareça, a proteção do bonequinho funcionara. Porém o perdi em meio a fumaça que subiu com a árvore próxima. O outro bicho, não dava nem para comer! Tostou. Mas de repente, em meio a fumaça, não há de ver que o bonequinho me enfia aquela lança em meu peito? Que prepotente... Não deu nem tempo de meu sangue sentir o gosto, e vim parar aqui. O que eu faço?”
2 comments:
Pra ver como tudo é dúbio nessa vida...
mto bom!
e qdo vamos pro terceira aula de novo? dessa vez, eu gasto um vr!=) Todo dia é dia!!
Beijos!!!
Pensando...
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