Tuesday, September 13, 2005

TRAGICOMÉDIA

Hoje eu quero que meu ódio seja seu medo. Quero acabar com o teu segredo. Quero gritar a desgraça da insegurança aos fracos e gozar a cólera aos ventos. Não quero tremor, vingança ou temor. É época de caos e de horror. Esqueça o sol, ele queima. Esqueça a chuva, ela afoga. Esqueça o dia, ele acaba. Esqueça a brisa, virou vento. Esqueça. Esqueça que eu existo, sou prolixo. Prenda-me, mate-me, devora-me. Vomite-me. Te darei o gosto da diarréia.
Não agüento mais sua mesmice. Não agüento mais seu discurso. Não agüento mais sua idiotice. Não agüento mais suas mentiras. Você sabe que eu te uso. O que eu preciso fazer para que acredite em mim? Pare de acreditar em mim! Então fuja. Vá para aonde eu nunca mais te encontre. Já foi? Responda... Já foi?
Agora quero paz. Acenderei uma fogueira. Limparei a casa. Mudarei os móveis. Queimarei os arquivos. Visitarei sua lápide. Plantarei flores.
Calma? Pensa que estou calma? Pede calma? Está calma? Quem quer calma? Não me irrite de novo. Não me peça violência. Adoro choro, aflição. Dou risada do seu pedido de perdão. Não, não, não. Negação. Agora vá. Suma daqui. Antes que eu te ame, novamente. Antes que eu perca minha mente. Antes que eu te mate, friamente.
Está rindo do que?

1 comment:

Anonymous said...

Mal comido. ;(